Transporte de cargas tem queda de 40% de movimento no Paraná durante a pandemia, diz associação
Com reflexos pela paralisação da indústria automobilística e lojas, setor tenta renegociar com fornecedores e preservar empregos.
Movimento de cargas diminui 40% no Paraná durante a pandemia
Os reflexos da pandemia do novo coronavírus causaram redução de 40% no movimento de transporte de cargas no Paraná, segundo um levantamento da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC).
A associação integra a Confederação Nacional dos Transportes e estima que, no Brasil, a redução foi de 43,9%.
Entre os fatores apontados como razão para a queda nos números, estão a paralisação da indústria automobilística, o fechamento de lojas e shoppings.
O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Paraná (Setcepar), Marcos Battistella, diz que ainda não é possível calcular quanto tempo deve durar a crise, mas afirma que, por enquanto, o setor tenta renegociar com fornecedores e preservar empregos.
“Os segmentos mais afetados já estão no limites deles, já estão há 30 dias parados. Os outros que tiveram queda, que conseguiram ter alguns paliativos de redução de custos, aguentam mais uns 30 dias, até o final de maio operando”, diz.
Transporte de cargas tem queda de 40% de movimento no Paraná durante a pandemia, segundo a associação — Foto: Reprodução/RPC Transporte de cargas tem queda de 40% de movimento no Paraná durante a pandemia, segundo a associação — Foto: Reprodução/RPC
Transporte de cargas tem queda de 40% de movimento no Paraná durante a pandemia, segundo a associação — Foto: Reprodução/RPC
Na transportadora do empresário Gerson Medeiros, o movimento caiu 38% entre março e abril. Ele afirma que a previsão para os próximos meses também é de dificuldades.
“A gente deu férias para algumas pessoas, afastamos colaboradores com mais de 60 ano. Estamos acompanhando e, basicamente a redução de volume vai ser prejuízo real no caixa da empresa”, ressalta.
A empresa de Medeiros, que fica em Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba, trabalha com uma frota de 150 caminhões, de frota própria e de empresas parceiras.
Segundo ele, desde a segunda quinzena de março, os caminhões estão parados.